quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Se Deus quiser, um dia morro bem velha!!!

Não aguentei e estou publicando na integra um artigo que recebi por e-mail... Vale a pena ler!!!
Aí vai!

Tempo longo de aprendizado formal e controle do estresse são fatores para uma velhice lúcida!


"SE DEUS QUISER, um dia eu morro bem velha", disse Rita Lee.
Eu assino embaixo, mas com um adendo: quero morrer, de preferência, bem velha e bem lúcida, além de alegre e saudável.


Meu adendo não é apenas manifestação de um desejo de permanecer bem. Além das doenças associadas à velhice, a demência se torna cada vez mais frequente com o avançar da idade. A partir dos 60 anos, a prevalência de demência dobra a cada 5-7 anos, chegando a acometer 50% dos idosos na faixa dos 90 anos. A longevidade, como se vê, tem seus riscos.

A respeito da parte sobre Deus, a genética, ou ambos conspirarem para que alguém envelheça bem, não nos cabe fazer nada. Mas, felizmente, há uma parte que nos compete a respeito da própria velhice.

Uma, na verdade, cabe inicialmente a nossos pais, e depois nós a tomamos em mãos: um enorme estudo recém-publicado na revista "Brain" confirma que um dos maiores fatores de proteção contra a demência senil é a educação formal, que começa na infância.

Quanto mais longo o período de instrução formal recebida desde o início da vida, menor a incidência de demência senil quando essas crianças atingem a velhice.

O outro fator é o estresse na meia idade. Na mesma edição da revista "Brain", outro estudo, que acompanhou mais de mil mulheres ao longo de mais de 40 anos, encontrou uma incidência de demência senil 2,5 vezes maior entre idosas que disseram ter passado repetidamente por períodos de forte tensão durante a meia idade do que entre as que tiveram uma meia idade tranquila.

O efeito pode estar associado a uma aceleração, causada pelo estresse crônico, da atrofia senil que tende a se instalar no cérebro.

Se educar-se continuamente e evitar estresses duradouros podem não ser opções inteiramente sob nosso controle, outra contribuição recém-descoberta para uma velhice lúcida é: a dança. Um estudo alemão mostra que idosos que cultivam o hábito de dançar socialmente há mais de uma década mantêm suas capacidades cognitivas e motoras, não mostrando o declínio encontrado entre idosos semelhantes, mas que não dançam.

Como a dança protege o cérebro no envelhecimento?

Há dois fortes candidatos: o exercício físico e a interação social, que contribuem para reduzir a sensação de estresse e promover o bem-estar.

Então...VAMOS DANÇAR?

Texto de SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ e autora de "Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor" (ed. Sextante).

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